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O diálogo invisível entre Henry Miller e Hanna Arendt

Foto do escritor: Karine PadilhaKarine Padilha

Henry Miller e Hanna Arendt eram dois intelectuais e escritores proeminentes do século XX. Arendt era uma filósofa política e Miller um romancista. Os dois se conheceram em 1946, em Nova York, e desenvolveram uma amizade que durou até a morte de Miller, em 1980.


Arendt admirava o trabalho de Miller, especialmente seus romances autobiográficos, que ela considerava ser uma exploração honesta e poderosa da condição humana. Miller, admirava a inteligência e a perspicácia de Hanna Arendt. Os dois se correspondiam regularmente e conversavam frequentemente sobre questões políticas, filosóficas e literárias.



Em 1947, Arendt escreveu uma carta a Miller elogiando seu romance Trópico de Câncer. Ela escreveu que o livro era um dos livros mais importantes que já havia lido, uma obra-prima. Trópico de Câncer é um romance autobiográfico controverso e polêmico, que aborda questões como a relação entre a arte e a vida, a sexualidade, e a busca por liberdade.

Trecho de Trópico de Câncer, de Henry Miller
Trecho de Trópico de Câncer, de Henry Miller

Em 1958, dez anos passados, Hanna Arendt escreve Tu Não Te Moves de Ti, onde argumenta que liberdade não é algo que podemos encontrar no mundo exterior; a liberdade é algo que devemos encontrar em nós mesmos:


"Tu não te moves de ti, mas de dentro de ti” é uma resposta ao trecho “as viagens se fazem para dentro”, extraído de Trópico de Câncer.


A comunicação que Arendt e Miller estabeleceram para além da arte, através das obras, é algo extremamente sensível e sensacional.


Há um diálogo velado entre Trópico de Câncer e Tu Não Te Moves de Ti. Para perceber, basta prestar atenção.


“A liberdade não é uma fuga, mas um ato de coragem”.


 
 
 

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